Saiba tudo sobre a São Silvestre, a corrida paulista

Como surgiu a corrida de São Silvestre?

Considerada a principal corrida de rua do Brasil, a história da São Silvestre começou em 1924, quando o jornalista Cásper Líbero, após voltar da França, trouxe para o país uma corrida de rua parecida com a que conheceu na Europa. Além disso, o êxito das Voltas de São Paulo (1918) e de Piracicaba (1919), bem como outras competições do início do século 20, também inspiraram o criador da prova. Na França, a competição ocorria à noite e os atletas corriam com tochas nas mãos durante todo o percurso. Embora seja bem diferente atualmente no Brasil, a corrida de São Silvestre também chegou por aqui no período noturno, sendo disputada por 48 competidores em sua primeira edição, realizada em 31 de dezembro de 1924.

Curiosidades

A corrida de São Silvestre foi batizada com esse nome porque, para a Igreja Católica, na data em que a prova ocorre é comemorado o dia de São Silvestre, um papa católico que ficou no comando da instituição religiosa de 31 de dezembro de 314 d.C. a 31 de dezembro de 335 d.C.

Atualmente com 15 km de percurso, a São Silvestre começou sendo disputada em um trajeto de 8,8 km, que ia da Avenida Paulista até a Ponte Pequena, na Associação Atlética, na cidade de São Paulo. A primeira edição teve 60 inscritos, mas apenas 48 participaram e 37 se classificaram.

A São Silvestre sempre foi 15km?

Não. Quando nasceu, em 1924, a São Silvestre tinha 8,8 km e ligava a Avenida Paulista à região da Ponte Pequena, com um percurso bem diferente do atual. Ao longo das décadas, a prova foi encurtada e alongada várias vezes, chegando a ter pouco mais de 5 km em algumas edições, até ganhar o formato de 15 km que os corredores conhecem hoje, desenhado para aproveitar a topografia paulistana com trechos planos, descidas longas e a famosa subida da Brigadeiro no fim do trajeto.

Ganhadores da São Silvestre

O primeiro vencedor da prova foi Alfredo Gomes, atleta profissional do Clube Espéria, com um tempo de 33 minutos e 21 segundos. Além de ter sido o primeiro a ganhar a São Silvestre, ele também foi o primeiro negro a representar o Brasil em Olímpiadas. Os maiores vencedores, no entanto, não são brasileiros. A portuguesa Rosa Mota é a recordista de títulos, tendo sido hexacampeã consecutiva de 1981 a 1986. Já entre os homens, o queniano Paul Tergat é o grande recordista, com cinco conquistas no currículo: 1995, 1996, 1998, 1999 e 2000.

Pelo Brasil, destaca-se Marilson Gomes dos Santos, que venceu a São Silvestre três vezes: 2003, 2005 e 2010. Os quenianos, aliás, dominam a prova, angariando recordes atrás de recordes. São deles os menores tempos de percurso: Kibiwott Kandie fez o trajeto em 42 minutos e 59 segundos em 2019, enquanto Jemima Sumgong atingiu a marca de 48 minutos e 35 segundos em 2016. Apesar disso, depois de 95 edições, o Brasil ainda lidera o ranking de vitórias: ao todo, 29 atletas foram campeões. Mas o segundo país com mais títulos é o Quênia, que venceu 15 vezes a São Silvestre na modalidade masculina e 14 na feminina.

2023

Em 2023, a São Silvestre terminou com dobradinha queniana na Avenida Paulista, mantendo a tradição recente de domínio do país africano na prova. No masculino, Timothy Kiplagat cruzou a linha de chegada em 44min52s, enquanto Catherine Reline confirmou o bicampeonato entre as mulheres com 49min54s, em uma edição que reuniu milhares de corredores e teve os melhores brasileiros na sexta colocação geral, coroando mais um fim de ano com a elite internacional do atletismo em São Paulo.

2024

Em 2024, a 99ª edição da São Silvestre manteve o domínio africano na Avenida Paulista, com vitória queniana nas duas categorias de elite. No masculino, Wilson Too cruzou a linha de chegada em 44min21s e garantiu seu primeiro título na prova, enquanto Agnes Keino confirmou o bom momento dos atletas do Quênia ao vencer entre as mulheres com 51min25s, em uma manhã de sol, calor típico de fim de ano em São Paulo e ruas cheias de corredores e torcedores espalhados pelo percurso.

Recorde atual da Corrida

O recorde atual da Corrida Internacional de São Silvestre na distância de 15 km pertence ao queniano Kibiwott Kandie, que completou o percurso em 42min59s e superou a antiga marca de Paul Tergat em uma chegada decidida nos últimos metros na Avenida Paulista. Hoje, diferente das primeiras edições em que nem hidratação era oferecida, a disputa conta com postos de água e estrutura completa ao longo do caminho, o que ajuda a explicar um nível de performance cada vez mais alto.

Trajeto e outras curiosidades da maior corrida do Brasil

O trajeto foi sendo alterado conforme o tempo, chegando a ser realizado em apenas 5,5 km, atingindo os atuais 15 km apenas a partir de 1991. Em suas primeiras versões, era terminantemente proibido beber água e não havia nenhum suporte para os atletas, como orientações sobre dieta ou até mesmo calçados e roupas adequados. Disputada desde 1924 para 1925, a São Silvestre ultrapassou diversos obstáculos e foi realizada todos os anos, mesmo com duas guerras mundiais ocorrendo nesse ínterim. Curiosamente, a prova só foi cancelada em 2020, por causa da pandemia de Covid-19.

Quantos km foi a São Silvestre de 2024?

A São Silvestre de 2024 manteve o percurso tradicional de 15 km pelas ruas de São Paulo, com largada e chegada na Avenida Paulista. O trajeto segue passando por pontos conhecidos da cidade e preserva desafios clássicos, como a subida da Avenida Brigadeiro Luís Antônio nos quilômetros finais, trecho que costuma separar quem apenas participa de quem realmente disputa tempo e colocação

Quantos km será a São Silvestre de 2025?

A edição de 2025 da São Silvestre seguirá o formato já consolidado da prova, com percurso oficial de 15 km pelas ruas de São Paulo. A organização mantém o trajeto desafiador, com largada e chegada na Avenida Paulista e a famosa subida da Brigadeiro nos quilômetros finais, o que permite comparar tempos de diferentes anos e reforça a tradição da corrida mais conhecida do Brasil.

Mulheres na São Silvestre

Apesar de ser uma prova popular, as mulheres só tiveram espaço a partir de 1975, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o período como o Ano Internacional da Mulher. Por causa disso, os organizadores da São Silvestre resolveram também inscrever mulheres na competição. Mas, a princípio, elas corriam junto com os homens, embora as classificações fossem separadas. A primeira mulher campeã da corrida de São Silvestre foi a alemã Christia Valensieck, que tornou-se também a primeira bicampeã, conquistando o título novamente em 1976. Apenas em 1989, a competição passou a se realizar no período da tarde e a prova foi separada por sexo.

Crianças e acessibilidade

Em 1994 surgiu a versão infantil da São Silvestre para incentivar o esporte na vida das crianças. A competição infanto-juvenil é disputada dias antes da prova adulta e permite a participação de jovens entre 4 e 17 anos, com percursos que vão de 100 m a 800 m. 

Além disso, portadores de deficiências (deficientes visuais, amputados de membros inferiores, deficientes andantes de membros inferiores, deficientes intelectuais, deficientes de membros superiores, deficientes auditivos, cadeirantes com guias) também podem participar da corrida. Atletas cadeirantes e pessoas com outros tipos de dificuldades motoras ou intelectuais largam antes da competição dos pelotões de elite e geral.

Como funciona a corrida de São Silvestre?

A Corrida Internacional de São Silvestre acontece todos os anos em 31 de dezembro, em São Paulo, com percurso de 15 km e largada na Avenida Paulista entre as ruas Frei Caneca e Augusta. A programação costuma seguir três horários principais de saída, às 7h25 para cadeirantes, às 7h40 para a elite feminina e às 8h05 para a elite masculina junto dos pelotões especiais e do pelotão geral, sempre com inscrições realizadas pelo site oficial da prova. A taxa de inscrição varia conforme o tipo de kit e o lote de venda; na última edição, por exemplo, o kit geral de lançamento ficou em torno de R$ 259,20 enquanto a opção premium passou dos R$ 850.

Premiação

A premiação em dinheiro da Corrida Internacional de São Silvestre segue concentrada nos seis primeiros colocados da elite, com valores iguais para homens e mulheres. Na edição de 2024, a organização distribuiu cerca de R$ 281,9 mil em prêmios, com os campeões de cada categoria recebendo R$ 59.732, os segundos colocados R$ 29.868, os terceiros R$ 17.943, os quartos R$ 14.331, os quintos R$ 11.977 e os sextos R$ 7.113. Além disso, há uma bonificação específica para o primeiro brasileiro e a primeira brasileira na classificação geral e medalhas para todos que completam o percurso, incluindo as categorias de atletas com deficiência, o que mantém a prova ao mesmo tempo competitiva, simbólica e inclusiva.

Percurso da prova

O percurso da São Silvestre começa e termina na Avenida Paulista, um dos principais pontos turísticos da cidade de São Paulo, com a largada nas proximidades da Alameda Ministro Rocha Azevedo e a chegada em frente ao prédio da Gazeta Esportiva. Já para quem quer se preparar para a prova, é importante saber quantos km tem a São Silvestre. Quem for disputar a competição principal, o trajeto é de 15 quilômetros, tanto nas modalidades masculina quanto feminina. Já as provas infantis vão de 100 a 800m.

Regulamento da maratona

Antes de se inscrever, vale conferir com atenção o regulamento oficial da São Silvestre, que traz todas as regras da prova, desde horários de largada e categorias até critérios de classificação, orientações de segurança, política de hidratação e prazos para retirada de kit. Para consultar as informações completas e atualizadas direto na fonte, acesse o documento disponibilizado pela organização neste link.

Hotel próximo a largada da São Silvestre​

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Para quem quer economizar sem abrir mão da localização, o ibis budget São Paulo Paulista aparece como opção econômica para se hospedar perto da largada, com quartos funcionais e ambiente prático para descansar na véspera. Estar a poucos minutos da Avenida Paulista permite ir caminhando até a concentração, fugir do trânsito e aproveitar melhor a estrutura do bairro para se alimentar, hidratar e entrar no clima da corrida.

Conheça os melhores hotéis da Avenida Paulista

Participar da São Silvestre é também uma oportunidade de viver a Avenida Paulista com calma, aproveitando restaurantes, centros culturais e parques que fazem parte do dia a dia de quem mora na região. Hospedar-se em um dos hotéis da Accor ao redor da Paulista ajuda a transformar a viagem em uma experiência completa, já que você fica perto da largada, mantém a rotina de treinos até os últimos dias e ainda consegue incluir passeios pela cidade antes ou depois da prova.

Entre as opções, vale considerar o Mercure São Paulo Paulista, o ibis São Paulo Paulista, o ibis budget São Paulo Paulista e o Mercure São Paulo Grand Plaza Paulista, que oferecem diferentes níveis de serviço para perfis variados de viajantes. Quem prefere ficar em uma área um pouco mais tranquila, mas ainda muito próxima da avenida, pode escolher o Mercure São Paulo Alamedas como alternativa, unindo boa localização, conforto e fácil acesso tanto à prova quanto aos principais pontos da região.

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Depois de conhecer a história da prova, entender o percurso e até conferir dicas de treinamento, só falta garantir um bom ponto de apoio para viver a São Silvestre com tranquilidade. Hospedar-se em um dos hotéis da Accor na região da Avenida Paulista é uma forma inteligente de ficar perto da largada, reduzir deslocamentos no dia da corrida e ainda aproveitar o melhor da cidade, com fácil acesso ao metrô, centros culturais, restaurantes e parques que fazem parte do cenário clássico de fim de ano em São Paulo.

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