19 agosto 2025
8 minutos
A história do tênis é marcada por origens curiosas, grandes ídolos e torneios inesquecíveis que conquistaram fãs em todo o mundo. Siga com a leitura e descubra fatos, regras e curiosidades que tornam esse esporte tão fascinante.
19 agosto 2025
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A origem do tênis pode ser contada de diferentes maneiras, com registros que remontam a períodos distintos da história. Os relatos mais antigos datam do século V, tanto no Egito quanto em regiões da Europa. Naquela época, a prática era bem diferente da atual: não havia raquetes e as bolas eram rebatidas com as mãos.
No século VII, o jogo já apresentava um formato mais próximo do que conhecemos hoje, embora ainda fosse praticado sem equipamentos. Na França, ganhou o nome de jeu de paume, ou “jogo de palma”, disputado por monges em ambientes fechados. Esses espaços são considerados os primeiros registros do tênis de quadra, em um estilo que lembrava o squash moderno.
Por ser uma modalidade muito antiga, o tênis não possui um inventor único e oficialmente reconhecido. Ainda assim, um dos nomes mais associados à sua criação é o do inglês Walter Wingfield, que em 1873 registrou as primeiras regras do esporte, chamando-o de sphairistike.
Para difundir a prática, Wingfield comercializava suas regras manuscritas em kits que incluíam raquetes, rede e bolas. O curioso é que essas mesmas regras sofreram pouquíssimas alterações ao longo do tempo e, graças ao sucesso que conquistaram, continuam sendo aplicadas nas quadras até hoje.
No século XVI, o tênis conquistou a nobreza europeia, que passou a construir espaços específicos para sua prática. As quadras, retangulares e mais amplas, receberam marcações no chão e consolidaram o tênis de quadra como esporte. Nesse período, as luvas usadas para proteger as mãos deram lugar às raquetes, e a rede passou a fazer parte do jogo. O objetivo, desde então, era claro: lançar a bola na quadra adversária sem permitir a devolução.
O esporte era praticado tanto em duelos individuais quanto em partidas de duplas, inclusive entre jogadores de sexos diferentes. Já no século XIX, em 1873, as regras oficiais foram escritas, e poucos anos depois, em 1877, ocorreu a primeira edição do Torneio de Wimbledon, marco que impulsionou a padronização necessária para competições internacionais.
Nos Estados Unidos, em 1881, foi criada a United States Lawn Tennis Association, responsável por difundir o tênis de campo no país e organizar torneios. No mesmo ano, foi realizado o primeiro U.S. Open masculino, seguido pelo feminino em 1887. Décadas depois, em 1924, a recém-criada federação internacional adicionou o tie-break às regras, que, em sua essência, permanecem muito próximas daquelas estabelecidas em 1873.
Ainda no século XIX, o tênis desembarcou no Brasil trazido por ingleses e franceses, que introduziram a prática esportiva no Rio de Janeiro e em São Paulo. Inicialmente restrito a clubes e espaços frequentados pela elite, o esporte logo se popularizou e ganhou adeptos em outras regiões do país. A partir desses dois grandes centros, as regras se consolidaram e o tênis começou a ser difundido em competições amadoras e torneios locais.
Com o passar das décadas, surgiram associações e clubes especializados, responsáveis por formar atletas e ampliar o alcance da modalidade. Esse movimento foi fundamental para que o Brasil entrasse no cenário internacional, revelando nomes que marcaram a história do esporte.
Atualmente, segundo a Confederação Brasileira de Tênis, o país conta com mais de 2 milhões de praticantes, sendo 33 mil deles atletas profissionais registrados. Essa base crescente confirma o lugar do tênis como um dos esportes mais admirados e praticados no Brasil.
Poucos anos após a definição de suas regras, o tênis fez sua estreia nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 1896, consolidando-se como uma das primeiras modalidades do evento moderno. A presença seguiu até 1924, em Paris, quando o esporte deixou de ser incluído no programa oficial devido a divergências sobre a participação de atletas profissionais.
Durante esse período de ausência, o tênis foi apresentado apenas como esporte demonstrativo em duas ocasiões: nos Jogos do México, em 1968, e em Los Angeles, em 1984. O interesse do público, porém, permaneceu forte e abriu caminho para seu retorno definitivo em 1988, nos Jogos de Seul. Desde então, a modalidade passou a ser uma das mais aguardadas do calendário olímpico.
Além de reforçar a tradição esportiva, o tênis nas Olimpíadas se tornou palco para rivalidades históricas e conquistas memoráveis. Lendas como Steffi Graf, Rafael Nadal, Serena Williams e Andy Murray escreveram capítulos inesquecíveis ao conquistar medalhas de ouro, elevando ainda mais o prestígio da competição.
O tênis pode ser disputado em diferentes tipos de quadra, cada uma delas influenciando diretamente o ritmo do jogo e o estilo dos atletas:
Quadras de saibro: feitas com uma mistura de terra batida e pó de telha, tornam os jogos mais lentos e favorecem longas trocas de bola. É o piso que consagrou torneios como Roland Garros.
Quadras rápidas: utilizam pisos sintéticos de cimento, carpete ou asfalto, resultando em partidas mais velozes e dinâmicas, em que o saque costuma ser determinante.
Quadras de grama: tradicionais e menos comuns, oferecem jogos rápidos e imprevisíveis, já que a bola quica mais baixo e desliza com facilidade. Wimbledon é o grande ícone desse tipo de piso.
Além das superfícies, as regras preveem diferentes formatos de disputa. O tênis pode ser jogado em partidas individuais, tanto no masculino quanto no feminino, ou em duplas, que podem ser masculinas, femininas ou mistas. Essa variedade garante ao esporte uma versatilidade única, atraindo atletas e torcedores de perfis diversos.
O objetivo central do tênis é simples: fazer com que a bola toque a quadra do adversário, dentro dos limites das linhas de marcação, após passar por cima da rede sem que seja rebatida. Para isso, o jogo se organiza em diferentes etapas de contagem: pontos, games, sets e partidas. A bola pode ser rebatida diretamente no ar ou depois de um quique no solo.
O primeiro movimento é sempre o saque, realizado do fundo da quadra e enviado para a diagonal do campo adversário. A pontuação segue uma sequência tradicional: 15, 30, 40 e game. Quando ambos os jogadores alcançam 40, ocorre o chamado deuce (ou igualdade). A partir daí, é necessário abrir dois pontos de vantagem para fechar o game: o primeiro dá a “vantagem” e o segundo confirma a vitória. Em jogos de duplas, essa regra é simplificada, sem a etapa da vantagem.
As partidas podem ser disputadas em melhor de três sets ou, nos torneios de Grand Slam, em melhor de cinco sets. Cada set é vencido por quem atingir seis games com, no mínimo, dois de vantagem. Assim, resultados como 6–0, 6–2 ou 6–4 são suficientes, mas, em caso de 6–6, entra em cena o tie-break. Nessa disputa decisiva, os pontos são contados de forma direta, de 1 a 7, e o vencedor precisa conquistar dois pontos de diferença para encerrar o set.
Essa dinâmica de pontuação, única entre os esportes, contribui para a intensidade e o suspense de cada partida, mantendo torcedores e jogadores sempre em expectativa até o último lance.
Assim como em outros esportes, os juízes no tênis garantem que as regras sejam seguidas à risca. Cada árbitro de linha é responsável por observar uma área específica da quadra e indicar se a bola permaneceu dentro dos limites ou saiu.
O juiz central, por sua vez, tem a palavra final em todas as decisões. Cabe a ele validar pontos, aplicar punições por comportamento antidesportivo, suspender partidas em caso de condições climáticas adversas e assegurar que o jogo transcorra de maneira justa e equilibrada.
Como as regras do tênis foram desenvolvidas e aprimoradas em países de língua inglesa, muitos termos permanecem no idioma original. Para facilitar o entendimento, reunimos alguns dos mais comuns e seus significados:
Tie-break: jogo extra disputado para desempatar um set que chega ao placar de 6–6.
Game: unidade que compõe um set; cada set é formado por, no mínimo, seis games.
Set: conjunto de games que estrutura a partida; um jogo pode ter até 3 ou 5 sets, dependendo da competição.
Ace: ponto de saque direto, marcado quando o adversário não consegue tocar na bola.
Deuce (iguais): ocorre quando os dois jogadores atingem 40 pontos dentro de um mesmo game.
Set point: ponto decisivo que pode encerrar um set se o jogador em vantagem confirmar a jogada.
Match point: ponto que pode definir a vitória da partida caso seja convertido pelo jogador em vantagem.
Com esse vocabulário em mente, acompanhar uma partida de tênis fica muito mais fácil e emocionante, permitindo mergulhar de vez na dinâmica do jogo.
Os quatro maiores torneios do circuito mundial são conhecidos como Grand Slam. Realizados todos os anos em diferentes países, eles representam o auge do tênis profissional e atraem milhares de fãs ao redor do planeta. Confira os detalhes de cada um deles e aproveite para descobrir onde se hospedar para viver de perto a emoção dessas partidas históricas.
Australian Open: realizado desde 1905, começou como uma competição masculina e só em 1922 abriu espaço para as mulheres. O torneio já passou por seis cidades diferentes até se fixar em Melbourne, em 1972. Desde então, é disputado em janeiro no Melbourne Park. Para quem deseja acompanhar os jogos de perto, o Pullman Melbourne On The Park é uma escolha perfeita, localizado a poucos passos do complexo esportivo.
Roland Garros: a França abraçou o tênis ainda em seus primeiros anos. As competições que deram origem ao atual Roland Garros começaram em 1891, inicialmente restritas a jogadores de clubes franceses. A versão feminina surgiu em 1897 e as duplas mistas em 1907. Desde 1928, o torneio acontece no lendário estádio de Roland Garros, em Paris, com quadras de saibro que desafiam até os maiores campeões. Para viver o clima esportivo e cultural da cidade, nada melhor do que escolher entre os diversos hotéis da Accor em Paris, que combinam conforto e praticidade para explorar cada detalhe da capital francesa.
Wimbledon: a primeira edição de Wimbledon aconteceu em 1877 com apenas 22 participantes e, desde então, o torneio se tornou sinônimo de tradição e prestígio. O ibis London Sutton Point, localizado a apenas 10 km do evento, é uma opção prática e moderna para os viajantes que querem mergulhar nesse ambiente histórico.
U.S. Open: antes chamado de U.S. National Championship, teve sua primeira edição em 1881, restrita a jogadores masculinos. Hoje, é disputado em Nova Iorque e encerra a temporada dos Grand Slams em setembro, reunindo os maiores nomes do tênis mundial. Para quem sonha em sentir a energia da cidade e estar próximo do torneio, o icônico The Plaza – A Fairmont Hotel oferece luxo e sofisticação na melhor localização de Nova Iorque.
Ao longo das décadas, muitos tenistas marcaram o esporte com conquistas impressionantes e talento inquestionável. Para representar essa trajetória, destacamos duas mulheres e dois homens que se tornaram verdadeiras lendas das quadras:
Martina Navratilova: ex-tenista tcheca que brilhou intensamente durante 22 anos de carreira. Ao todo, conquistou 177 títulos, incluindo 18 Grand Slams em simples, 31 em duplas (um recorde absoluto) e 10 em duplas mistas. Martina também venceu seis torneios seguidos e somou mais de 1.440 vitórias oficiais, consolidando-se como uma das maiores da história.
Steffi Graf: a alemã deixou sua marca com 22 títulos de Grand Slam e uma medalha de ouro olímpica nos Jogos de Seul, em 1988. Graf é uma das poucas atletas a vencer pelo menos um dos quatro torneios do Grand Slam em dez anos consecutivos, façanha que a consagrou como referência de consistência e excelência no esporte.
Roger Federer: ícone suíço, Federer conquistou 20 títulos de Grand Slam entre 2003 e 2018, além de ser o único tenista a vencer três vezes três dos quatro torneios do circuito no mesmo ano. Reconhecido pela elegância em quadra, foi também o jogador que permaneceu por mais tempo como número 1 do ranking mundial, inspirando milhões de fãs ao redor do mundo.
Rod Laver: australiano dono de uma técnica impecável em todos os pisos, Laver conquistou 11 títulos de Grand Slam em simples e outros 6 em duplas, acumulando 198 troféus ao longo da carreira. Sua versatilidade e regularidade o transformaram em um dos maiores nomes de todos os tempos.
Depois de mergulhar na história e nos grandes nomes do tênis, nada melhor do que vivenciar a emoção das partidas de perto. Viajar para assistir aos principais torneios do circuito mundial é uma experiência inesquecível, e os hotéis Accor oferecem o conforto e a praticidade que tornam essa jornada ainda mais especial.
Confira a seguir os campeonatos mais prestigiados do esporte, começando pelos quatro Grand Slams. Clique no nome da cidade para explorar as opções de hospedagem que a Accor oferece ao redor do mundo e explore a história do tênis com o seu roteiro dos sonhos.
Australian Open - Melbourne
Roland Garros - Paris
Wimbledon - Londres
U. S. Open - Nova Iorque
ATP Masters 1000 - Monte Carlo
ATP Masters 1000 - Roma
ATP Masters 1000 - Cincinnati
ATP Masters 1000 - Madrid
ATP Masters 1000 - Xangai
ATP Masters 1000 - Toronto
ATP 500 - Rio de Janeiro
ATP 500 - Roterdã
ATP 500 - Acapulco
ATP 500 - Dubai
ATP 500 - Barcelona
ATP 500 - Halle
ATP 500 Hamburgo
ATP 500 - Washington
ATP 500 - Pequim
ATP 500 - Tóquio
ATP 500 - Basileia
ATP 500 - Viena
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