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Tribos indígenas brasileiras: saiba como surgiram e quais são as principais

A tribo dos índios Tupé, em Manaus, é um dos destinos perfeitos para quem quer viajar para conhecer aldeias indígenas no Brasil

23/10/2022 É possível visitar algumas tribos indígenas brasileiras, e isso pode tornar a sua viagem ainda mais interessante. Afinal, os povos indígenas fazem parte da origem do Brasil. Estar em uma aldeia é uma ótima forma de conhecer mais sobre a cultura, as tradições, a história e a vida deles hoje. Venha com a Accor saber mais sobre algumas tribos e descobrir onde você pode fazer esses passeios!

Qual é a história das tribos indígenas do Brasil?

Falar de tribos indígenas é falar da raiz brasileira. Afinal, os índios eram os únicos povos que habitavam o Brasil antes da chegada das caravelas portuguesas em abril de 1500.

Segundo as estimativas da Funai (Fundação Nacional do Índio), órgão público oficial que administra e protege todas as reservas indígenas brasileiras desde 1967, na época em que Pedro Álvares Cabral aportou por aqui, a população de indígenas era de aproximadamente 3,5 milhões, sendo 2 milhões no litoral do país e o restante no interior.

Ainda de acordo com a Funai, que também é responsável por garantir a segurança e os direitos dos grupos indígenas em território nacional, havia 1 mil povos diferentes e quatro línguas eram faladas: tupi, jê, aruaque e caraíba.

Ao longo dos séculos, muita coisa aconteceu e mudou. As diversas tribos que existiam por aqui enfrentaram confinamento, escravização, massacre, doenças e guerras por território. Hoje, no século XXI, esse número é muito menor.

Dados da Funai mostram que todas as tribos indígenas brasileiras têm uma média de 800 mil pessoas, divididas em 225 tribos, além de outros possíveis 70 grupos que optam por viver isolados da sociedade. São poucas aldeias que ainda vivem a cultura indígena na totalidade.

Uma das características dessa cultura é a coletividade, em que todos os integrantes realizam alguma tarefa do dia a dia, sempre respeitando as limitações de idade. As mulheres ficam encarregadas das crianças e da culinária, além de serem responsáveis pelos trabalhos manuais da tribo. Já os homens saem pela floresta para caçar, pescar e até lutar.

Outro ponto comum nas tribos indígenas brasileiras é a presença de duas figuras extremamente importantes para o funcionamento da aldeia: o pajé, considerado o sacerdote e o curandeiro da tribo, e o cacique, que comanda e administra a aldeia.

Para ver tudo isso de perto, nada melhor que conhecer algumas tribos indígenas no Brasil, capazes de revelar um pouco mais da nossa história.

 

Quais são as principais tribos indígenas brasileiras

Todas as condições às quais os indígenas foram e ainda são submetidos fizeram com que existissem poucas tribos hoje no Brasil, espalhadas por diferentes estados em todas as regiões do país.

Se você tem vontade de incluir esse tipo de passeio na sua viagem, veja alguns destinos onde estão as principais tribos indígenas brasileiras abertas à visitação.

São Paulo: Reserva Indígena Guarani

A Reserva Indígena Guarani do Rio Silveira está localizada em Bertioga, cidade paulista ao lado de São Sebastião. 


Na tribo, vivem 500 índios que, em dias de visitação, receba os turistas de braços abertos e fazem diversas apresentações sobre a cultura da tribo. Toda a programação é intermediada pela Prefeitura de São Sebastião.


Para conhecer a Reserva Indígena Guarani em São Paulo , é necessário entrar em contato com a prefeitura da cidade.
índio pataxó em meio à natureza

Bahia: Tribo Indígena Pataxó

Em algumas cidades do Sul da Bahia, região onde as caravelas portuguesas aportaram quando chegaram ao Brasil, ainda é possível encontrar algumas tribos.

As aldeias Pataxó são as mais tradicionais em todo o estado. Apesar de não seguirem todos os rituais dos séculos passados, são povos que ainda guardam muito da história dos indígenas brasileiros.

Um dos lugares onde é possível fazer visitas é Caraíva, charmosa cidade que atrai um grande número de turistas durante todo o ano graças às belas praias. Lá, também fica o Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal, onde estão as tribos Pequi e Kaxandó.

O local tem uma área de mais de 20.000 hectares, contando com atrativos diversos, como praias de rios, prática de canoagem, pontos para admirar a paisagem e ficar em contato com a natureza, além de grande variedade de fauna e flora.

Nas tribos, os visitantes podem vivenciar um pouco dos costumes locais, degustar comidas típicas indígenas e comprar artesanatos. A entrada é gratuita, mas as visitas são feitas apenas com o acompanhamento de condutores indígenas capacitados para a função, que cobram uma taxa simbólica.

Como chegar: seguir de Porto Seguro pela BA-367 até Eunápolis, BR–101 sentido Vitória e, por fim, pela BR-498 até a entrada do parque.

Telefones: (73) 9814-1696 ou (73) 99955-1961

Manaus: Tribo Tupé

Quem vai a Manaus não pode deixar de visitar alguma aldeia indígena da região amazônica. Uma delas é a tribo Tupé, um grupo das etnias Desanos e Tucanos que ainda vive isoladas da capital, mas que preparam diversas apresentações para os visitantes, tendo o turismo como principal fonte de renda.

Durante as visitas, o pajé explica brevemente algumas tradições, os indígenas expõem trabalhos manuais e ensinam até algumas danças típicas de diferentes rituais, convidando a todos para dançarem juntos. Também é possível conhecer as ocas, feitas de sapê, com redes nas quais os moradores dormem. O local não possui energia elétrica, nem água encanada.

A Tribo Tupé está localizada na Reserva São João do Tupé, uma das maiores áreas preservadas da região, a 25 km de Manaus. Para chegar, o trajeto é feito de barco, atravessando o Rio Negro, com duração de 1h30.

Como chegar: nos barcos que saem da Marina do Davi em Ponta Negra ou em passeios contratados com agências de turismo de Manaus, que costumam combinar a visita à Tribo Tupé com a ida até o encontro dos Rios Negro e Solimões.

Curitiba: aldeia indígena Kakané Porã

A aldeia Kakané de Kakané, no bairro Campo Santana, em Curitiba, capital do Paraná, é considerada a primeira urbana do Sul do Brasil, mas ainda é pouco conhecida, até pelos próprios curitibanos.

Apesar disso, é um ótimo passeio para quem quer saber mais sobre como os indígenas se adaptam aos novos tempos, lutando para manter a cultura da tribo, preservar as tradições e não perder a identidade em meio aos dilemas de uma grande cidade.

São 35 famílias descendentes de três tribos: Xetá, Guarani e Caingangue. Todos moram em casas simples, construídas pela Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab), e trabalham em empresas diversas da cidade, mas sem nunca se esquecerem das raízes e da história.

Na visita, elas apresentam um pouco da cultura dos povos e vendem artesanatos. No espaço, também há uma oca, onde são ministradas aulas de língua caingangue para as crianças, além de outras atividades culturais.

Para conhecer, é preciso agendar com a AMIAKP (Associação de Mulheres Indígenas da Aldeia Kanané-Porã de Curitiba).

Como chegar: de carro ou ônibus até a Estrada Delegado Bruno de Almeida, 4276, bairro Campo de Santana.

Telefone: (44) 99195-5576

Seja qual for o destino escolhido, ao fazer uma visita a tribos indígenas, é sempre importante lembrar que você está em territórios preservados, que pertencem a povos de culturas diferentes, por isso, é bom ter atenção a alguns pontos.

Uma dica é ir sempre acompanhado de um guia ou um profissional que tenha contato com a tribo. Se for possível, informe-se com antecedência sobre os costumes e as tradições da aldeia visitada. Jamais toque nos objetos e nos acessórios (a não ser que eles o convidem), nem interrompa os rituais indígenas ou faça comentários considerados ofensivos.


Fique em um dos hotéis da Accor na sua visita!

Conhecer um pouco mais das tribos indígenas brasileiras é uma experiência que vale a pena. Em todas essas cidades, há boas opções de hotéis Accor para se hospedar durante a viagem. Assim, você visita as aldeias, conhece outros pontos turísticos locais e conta com toda a comodidade e o conforto dos quartos para relaxar e recuperar as energias entre um passeio e outro.

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