15 maio 2024
4 minutos
15 maio 2024
4 minutos
Entenda o que causou e como foi o processo de imigração dos japoneses para o território brasileiro, e conheça algumas cidades que serviram de lar para os orientais e cultivam a cultura e os hábitos até os dias de hoje.
Apesar de não ser conhecido como um destino que atrai uma grande massa de imigrantes, o Brasil já foi um dos principais importadores de mão de obra do mundo — inclusive depois do fim da escravidão. No início do século XX e, principalmente, durante e após a 2ª Guerra Mundial, muitos japoneses viram em nosso país uma oportunidade de começar uma vida nova.
Por causa dessa alta na imigração japonesa, o Brasil se tornou o território com a maior comunidade japonesa fora do Japão. Mas engana-se quem pensa que todos esses imigrantes se concentraram apenas em um local.
O bairro da Liberdade, que fica no centro da capital paulista e bem perto da zona sul de São Paulo , é uma referência em cultura nipônica no Brasil, mas não é a única.
Inicialmente, a imigração japonesa para o Brasil foi uma troca de interesses. O Brasil era – e continua sendo – um dos maiores países do mundo, enquanto o Japão, mais de 20 vezes menor, começava a sofrer com superpopulação.
O Japão precisava de território e o Brasil precisava de mão de obra para as fazendas cafeeiras em São Paulo e no Paraná. A chegada do navio Kasatu Maru é considerada o primeiro marco da imigração japonesa para o Brasil.
O Kasato Maru foi a primeira embarcação que trouxe japoneses para o Brasil. Ele chegou no porto de Santos no dia 18 de junho de 1908, ou seja, há mais de 100 anos. Dentro do Kasato Maru havia quase 800 imigrantes que haviam partido de Osaka 52 dias antes.
Com eles vieram sonhos, esperanças e uma nova cultura que se mesclou e influenciou a brasileira em diversos aspectos. Estima-se que existam cerca de 1,6 milhão de japoneses no Brasil atualmente. Isso inclui os nikkeis, que são descendentes diretos não-nascidos no Japão, o que representa quase 1% da população nacional.
Não é por acaso que a maioria dos brasileiros pensa que a população japonesa se acomodou em São Paulo: o bairro da Liberdade, que é conhecido por celebrar não só a cultura japonesa, mas oriental como um todo, abriga 70 mil habitantes, a maioria oriental.
Liberdade é um paraíso gastronômico para quem é fã de culinária japonesa e oriental. Ao longo do bairro, é possível encontrar vários restaurantes, mercados e mercearias que vendem todo tipo de iguaria. Isso inclui desde comidas que foram adicionadas ao menu brasileiro como temakis e gyoza até itens curiosos como o refrigerante de melancia e biscoitos de batata doce.
É também no bairro da Liberdade que você pode se planejar para ver alguns festivais incríveis que celebram a cultura japonesa, além de feiras que acontecem todo fim de semana – ou aconteciam antes da pandemia. Agora é preciso consultar as restrições da capital paulista ao longo de cada nova semana.
Você também pode conhecer o Museu Histórico da Imigração Japonesa – o maior sobre o tema – que tem quase 100.000 itens preservados que contam a história das relações Brasil-Japão e daqueles que participaram dela ao longo das décadas.
O Ibis Budget São Paulo Paraíso não só te deixa a 10 minutos de carro do bairro da Liberdade como também garante acesso rápido à Japan House - um centro cultural criado pelo governo japonês que celebra e ensina elementos da autêntica cultura japonesa para todos.
Essa foi a segunda cidade que se tornou o destino final da imigração japonesa na época das fazendas de café. A comunidade japonesa ajudou a construir Assaí, que fica a 46,5 km de Londrina, no Paraná, motivo pelo qual a cidade homenageia e tem profundo respeito pela cultura oriental até os dias de hoje.
A cidade que mescla cultura nordestina e japonesa, tem eventos inspirados nos dois povos. Nas celebrações, você pode conhecer o Wadaiko (ou a arte dos tambores) e também o Bon Odori, uma espécie de dia dos finados, mas comemorado com leveza e músicas alegres.
Foi também em Assaí que se realizou a primeira Tanabata, também conhecido como o festival das estrelas. Atualmente celebrado em outros territórios com forte presença nipônica, o evento convida todos a escreverem desejos e pensamentos positivos em tiras de papel e prenderem em bambus a fim de que tudo se torne realidade.
No Ibis Londrina Shopping você fica a cerca de 40 minutos de carro de Assaí. Com preços de hospedagem acessíveis, o hotel oferece grande variedade de pratos no café da manhã e no jantar. Além disso, o bar funciona 24h, o que evita aglomeração e permite que seu happy hour aconteça em qualquer horário.
Tomé-Açu foi a cidade escolhida por cientistas japoneses na década de 20 para testar novas técnicas de cultivo. Foi assim que surgiu a Companhia Nipônica de Plantação, que trouxe 42 famílias japonesas que acabaram transformando a cidade na maior produtora de pimenta-do-reino do mundo. Hoje, Tomé-Açu ainda é a maior produtora brasileira da especiaria.
Os fãs de arquitetura podem gostar de testemunhar a preservação de construções em estilo japonês até os dias de hoje na cidade. A “terra da pimenta” também oferece opções muito peculiares de culinária nos restaurantes, que podem servir culinária japonesa com um toque apimentado que você nunca viu.
Essa é para os aventureiros que gostam de fazer uma viagem dentro da viagem e que então dispostos a pegar a e conhecer esse pedacinho de Japão no Pará.
Do Ibis Styles Belém Batista Campos você pode alugar um carro – ou ir com o seu mesmo, se for o caso – para Tomé-Açú. No caminho, você vai passar por alguns dos pontos turísticos mais famosos do Pará, como o Rio Acará, Jaguari e Concórdia do Pará.
Agora é com você: depois dessas dicas de como celebrar a cultura japonesa em diferentes partes do Brasil, é só começar a planejar sua próxima viagem rica em cultura e aprendizado. Faça sua reserva e comece a contagem regressiva!
Descubra os melhores teatros do Brasil para visitar e vivenciar a arte em nosso país
Se jogue no Carnaval multicultural do Brasil!
A jornada histórica das cidades oferece um acervo cultural admirável